Vaticano reconhece formalmente associação de exorcistas
A Santa Sé reconheceu formalmente a Associação Internacional de
Exorcistas, fundada nos anos 1990 e que hoje tem cerca de 250 membros em
30 países. O decreto que confere personalidade jurídica à associação
foi assinado no dia 13 de junho, informou o jornal oficial do Vaticano,
L'Osservatore Romano. O padre Francesco Bamonte, presidente da
associação desde 2012, comemorou o novo status. “É uma fonte de alegria
não só para nós, membros, mas para toda a Igreja”. Ele destacou que a
tarefa dos sacerdotes é “acompanhar com humildade, fé e caridade” quem
precisa de um cuidado espiritual e pastoral específico “no caminho da
libertação”. Bamonte disse ainda esperar que outros sacerdotes “percebam
a existência dessa dramática realidade, que geralmente é ignorada ou
subestimada”. “O exorcismo é uma forma de caridade em benefício das
pessoas que estão sofrendo, e também é, sem dúvida, uma obra de
misericórdia corporal e espiritual”. L’Osservatore Romano destacou que a
idéia de reunir os exorcistas em uma associação surgiu ainda na década
de 1980, quando a prática se difundia de forma secreta e muitos fiéis
recorriam a ela. A proposta de reunir os exorcistas era “trocar
experiências e reflexões a fim de oferecer uma ajuda mais prática e
eficaz”. A Igreja Católica considera o exorcismo uma espécie de ciência.
O padre que o realiza precisa ter atributos especiais e a autorização
expressa do bispo a que responde. Co-fundador da organização, o padre
Gabriele Amorth afirma ter realizado 160.000 exorcismos até o ano
passado.
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