OCDE afirma que emergentes ainda
continuarão longe dos padrões
dos países ricos
continuarão longe dos padrões
dos países ricos
Após o forte crescimento das décadas anteriores, os mercados emergentes
desaceleram nos últimos anos e não conseguirão atingir o nível de renda
dos países desenvolvidos caso não promovam reformas profundas. O
diagnóstico é do estudo Perspectivas para o Desenvolvimento Global da
Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Enquanto países como China, Casaquistão e Panamá estão no caminho para
atingir o nível médio de renda dos mais avançados, outras economias -
como Brasil, Colômbia, Hungria, México e África do Sul - levariam muito
mais tempo se o ritmo atual for mantido. "Muitos dos países de classe
média mais alta que, esperávamos, alcançariam as economias avançadas até
meados deste século, não vão conseguir isso com base no ritmo de
crescimento atual", disse o secretário-geral da OCDE, Angel Gurría, na
abertura do 6º Fórum Global de Desenvolvimento, realizado este mês na
França. "Elevar a produtividade ajudaria a fortalecer o crescimento e
diminuir a diferença nos padrões de vida desses países em relação às
economias avançadas de maneiras mais rápida", complementou. O estudo tem
um capítulo inteiro dedicado ao países do Briics (Brasil, Rússia,
Índia, Indonésia, China e África do Sul), no qual os autores afirmam que
a produtividade da mão de obra e a produtividade total dos fatores -
que reflete o quanto a economia produz com a mesma quantidade de capital
e horas trabalhadas - ainda estão consideravelmente abaixo daquelas dos
países desenvolvidos. Todos os Briics têm níveis de produtividade de
cerca de 10% ou menos dos níveis dos Estados Unidos. No Brasil, esse
porcentual caiu de 12,1% em 2000 para 11,1% em 2008, sendo 7,4% no setor
manufatureiro e 11,8% em serviços. Mesmo com o crescimento econômico
robusto dos anos 2000, a produtividade brasileira praticamente se
estagnou na última década e esse é um dos principais fatores que
colaboram para que a atividade não consiga retomar a força no País,
avalia o estudo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário