Teerã confirma prisão de correspondente do ‘Washington Post’
Três outras pessoas foram detidas junto com o jornalista:
sua mulher e dois fotógrafos
sua mulher e dois fotógrafos
Jason Rezaian e sua mulher numa conferência de Imprensa em Teerã |
O Irã confirmou a detenção do correspondente em Teerã do jornal
"Washington Post", de sua esposa e de dois fotógrafos, informou o
diretor-geral do Departamento de Justiça Gholam-Hossein Esmaili. No
entanto, o governo iraniano não deu detalhes sobre os motivos das
prisões, nem quanto tempo eles ficarão retidos.
— O jornalista foi detido para responder a algumas perguntas e, depois
de investigações técnicas, o Judiciário irá fornecer mais detalhes sobre
o problema — declarou o oficial, segundo informações da agência
iraniana IRNA. — As forças de segurança iranianas estão vigilantes para
todo o tipo de atividades dos inimigos — acrescentou o funcionário, sem
entrar em detalhes.
Rezaian, de 38 anos e com cidadania americana e iraniana, é
correspondente do “Washington Post” em Teerã desde 2012. Ele está no
país desde 2008 e antes trabalhava para outros jornais, incluindo o “San
Francisco Chronicle”.
A mulher dele, Yeganeh Salehi, é cidadã iraniana e pediu visto de
residência permanente nos Estados Unidos. Também jornalista, ela
trabalha como correspondente para uma publicação dos Emirados Árabes
Unidos. Os outros dois cidadãos norte-americanos detidos trabalham como
fotojornalistas.
— Estamos preocupados com o bem-estar de Jason, Yeganeh Salehi e as
outras duas pessoas detidas com eles — assinalou o editor Douglas Jehl. —
Ele é um repórter experiente, que merece proteção — acrescentou.
Membros da família de Rezaian disseram que não querem comentar o assunto
neste momento. O Comitê para a Proteção dos Jornalistas com sede em
Nova York emitiu um comunicado exigindo a libertação imediata dos
profissionais.
— Apelamos às autoridades iranianas para explicar imediatamente o motivo
pelo qual Jason Rezaian, Yeganeh Salehi, e outros dois jornalistas
foram detidos, e pedimos sua libertação imediata — declarou o
coordenador do programa para o Oriente Médio e Norte da África, Sherif
Mansour.
Estados Unidos e Irã não têm relações diplomáticas formais, o que
dificulta a libertação dos cidadãos americanos detidos no país islâmico.
Os jornalistas que trabalham para organizações noticiosas ocidentais têm
lutado por anos para obter permissão para cobrir notícias no Irã.
Vários profissionais já foram detidos nos últimos anos por diversos
motivos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário