União Europeia libera 2 milhões de euros para combater ebola na África
Enfermeira espalha desinfetante em um Hospital nas proximidades de Monrovia, na Libéria |
A União Europeia (UE) anunciou uma nova ajuda de 2 milhões de euros para
a luta contra o ebola nos países da África Ocidental. "O nível de
contaminação é extremamente preocupante e devemos aumentar nossa ação
antes que mais vidas sejam perdidas", afirmou em comunicado Kristalina
Georgieva, responsável pelo setor de ajuda humanitária da UE.
A nova parcela se soma aos 3,9 milhões de euros que o bloco destinou à
causa entre abril e junho. Três entidades vão coordenar a ajuda:
Organização Mundial da Saúde (OMS), que fornece equipamentos e
assessoria; Médicos Sem Fronteiras, responsável pelo apoio clínico para
isolar e conter a epidemia; e Cruz Vermelha, encarregada das medidas
preventivas.
A atual epidemia começou em março na Guiné e, em maio, espalhou-se para
Libéria e Serra Leoa. Na semana passada foi confirmado o primeiro caso
na Nigéria. Mais de 1.000 pessoas foram infectadas e pelo menos 660
morreram, entre elas o médico que liderava o combate à doença na
Libéria, morto no sábado (26), e o que chefiava o combate à moléstia em
Serra Leoa, na terça-feira (29).
Mundo — A OMS considera baixo o risco de contágio entre pessoas que
viajam a regiões endêmicas, já que a transmissão do vírus acontece a
partir do contato com fluidos corporais dos doentes, e não pelo ar.
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, afirmou que o governo brasileiro
segue as recomendações da OMS — não há indicação para que pessoas deixem
de viajar a países endêmicos. "A situação nesses países se agrava pois
são regiões em conflito, aonde os profissionais de saúde muitas vezes
têm dificuldades para chegar. Mas, pelas características de transmissão
da doença, não há risco de disseminação global", afirmou Chioro.
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