Justiça adia julgamento do caso do caseiro que teve seu sigilo bancário quebrado
Antônio Palocci e Francenildo Santos Costa |
O Tribunal Regional Federal da 1ª Região adiou o julgamento do pedido de
indenização da Caixa Econômica Federal ao caseiro Francenildo Santos
Costa, que teve o sigilo bancário quebrado depois de denunciar o então
ministro Antônio Palocci, em 2006. A decisão estava marcada para
quarta-feira, 23 de julho. O julgamento de um recurso da Caixa Econômica
Federal, que já foi condenada na primeira instância a indenizar
Francenildo em 500.000 reais, foi retirado de pauta pelo juiz substituto
Carlos Eduardo Castro Martins. Ele afirmou que a Editora Globo, de quem
o caseiro Francenildo também pede indenização, não foi intimada. A
Editora publica a revista Época, que divulgou o extrato bancário obtido
com a quebra de sigilo do caseiro. Não há data para um novo julgamento. A
defesa de Francenildo também havia recorrido da decisão inicial,
pedindo que o valor da indenização fosse elevado. O pedido inicial era
de 17 milhões de reais. O advogado do caseiro, Wlicio Chaveiro
Nascimento, anunciou que o caseiro vai doar a instituições de caridade
todo o valor que ultrapassar os 500.000 reais. O petista Palocci perdeu o
cargo de ministro da Fazenda em 27 de março de 2006. O caseiro foi uma
testemunha-chave do caso. Ele revelou em depoimento à CPI dos Bingos que
Palocci frequentava a chamada "República de Ribeirão Preto", uma mansão
em Brasília que servia de ponto de encontro de políticos e lobistas. O
ex-ministro foi inocentado pelo Supremo Tribunal Federal em 2009. O
presidente da Caixa Econômica Federal à época, o petista Jorge Mattoso,
ainda é réu em uma ação penal.
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