FMI reduz a previsão de crescimento
do Brasil
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A economia mundial, que embarcou no caminho da recuperação, ainda não
pode respirar tranquila. A instabilidade do tabuleiro geopolítico, cuja
deterioração foi se agudizando nas últimas semanas, espreita da porta.
Tanto a espiral de violência no Oriente Médio, quanto o buraco negro em
que se converteu a Ucrânia ameaçam esfriar ainda mais umas perspectivas
de crescimento global que, diminuídas em 0,30% desde abril, chegam a um
fraco 3,4% em 2014. É o que considera o Fundo Monetário Internacional
(FMI) no relatório apresentado na Cidade do México e que desenha um
cenário caracterizado pelo cansaço das principais potências econômicas,
especialmente a zona do euro. Essa falta de vigor generalizada, que nem
sequer taxas de juros baixíssimas conseguem animar, corre, além de tudo,
o risco de se prolongar no tempo, na medida em que “não se observa
nenhum forte impulso nas economias avançadas” e que os grandes mercados
emergentes continuam com restrições financeiras como obstáculos.
Mas pior ainda é o resultado do Brasil, onde, segundo o FMI, as
restrições financeiras às empresas e, sobretudo, a falta de confiança
dos consumidores e das empresas “estão freando o investimento e
moderando o consumo”. A consequência é um aumento do PIB de 1,3% para
2014, quase a metade que no ano anterior.
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