Rebeldes podem ter derrubado avião
por engano
Um míssil abateu o voo MH17 da Malaysia Airlines, com 298 pessoas a
bordo, na fronteira da Ucrânia com a Rússia. A informação foi confirmada
pelo vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. A autoria do
disparo ainda é investigada, mas separatistas russos são os principais
suspeitos. Não há sobreviventes.
Um sistema de radar identificou um míssil terra-ar ser disparado e ir em
direção ao avião comercial, pouco antes de a aeronave cair. Um segundo
sistema de radar identificou o rastro de calor do míssil no momento em
que o Boeing 777 foi atingido. A trajetória do míssil está sendo
analisada para que seja possível determinar a autoria do disparo.
O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, havia afirmado pouco após a
queda do avião de que se tratava de um ato terrorista dos separatistas
pró-Rússia que controlam o leste da Ucrânia. "Isso não foi um incidente,
isso não foi uma catástrofe, foi um ato terrorista", disse.
Um oficial norte-americano, sob condição de anonimato, disse ao
"Washington Post" que as agências não conseguiram determinar ainda quem
atirou o míssil. "Essa é uma área contestada. Vai demorar para
conseguirmos alguma informação sobre quem está envolvido."
O premiê da Malásia, Najib Razak, também afirmou que o avião foi abatido
por um míssil durante entrevista coletiva sobre o acidente e que espera
respostas rápidas da investigação. "Não deixaremos pedra sobre pedra.
Quando confirmarmos que o avião foi mesmo derrubado, vamos insistir para
que os autores sejam rapidamente levados à Justiça", disse Razak.
O premiê informou que o governo malaio enviou representantes a Kiev,
entre eles membros da Equipe Especial de Resgate e Assistência em
Desastres, além de médicos. "Esse é um dia trágido, em um ano que já
tinha sido trágico", falou Razak, referindo-se ao desaparecimento do
outro avião da Malaysia (MH370).
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