quinta-feira, 24 de julho de 2014


Opositor venezuelano começa a ser julgado

O julgamento de Leopoldo López, preso desde 18 de fevereiro, começou na Venezuela com uma demonstração de união de diferentes alas da oposição ao presidente Nicolás Maduro. O apoio a López foi manifestado por opositores que foram às imediações do Palácio de Justiça, no centro de Caracas, ou divulgaram declarações nas redes sociais e na imprensa com uma tese comum, a de que o líder do partido Vontade Popular é vítima de uma perseguição política e que sua prisão é injusta, destacou o jornal espanhol El País. O prefeito metropolitano de Caracas, Antonio Ledezma, afirmou que os poderes públicos “estão sequestrados pela cúpula do governo” e criticou a Justiça venezuelana por “castigar os inocentes e absolver os verdadeiros culpados pela crise”. Pelo Twitter, o ex-candidato presidencial Henrique Capriles destacou: “Hoje começa o julgamento da Justiça podre contra nosso companheiro Leopoldo López. A primeira medida que o juiz deveria tomar hoje é libertá-lo”. Em entrevista coletiva, Maduro lançou sua ira contra López. “Tem que pagar e vai pagar, simples assim. Ele fez muitos danos a este país”, disse: “Sabem que ele é um representante dos gringos na Venezuela que desde pequeno tem uma visão messiânica de que nasceu para ser líder, para ser presidente da Venezuela”. Acusado de incitação ao crime, associação para o delito, dano a prédios públicos e incêndio intencional. Somadas, as penas pelos crimes aos quais responde podem resultar em mais de treze anos atrás das grades. López, um civil, é mantido em um presídio militar. O julgamento deverá ser retomado no dia 6 de agosto, segundo informação do jornal venezuelano El Nacional. O Ministério Público responsabiliza ainda Marco Coello, Christian Holdack, Demian Martin e Ángel González pelos danos à sua sede durante manifestação realizada no dia 12 de fevereiro, quando começou a onda de protestos.


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