Opositor venezuelano começa a ser julgado
O julgamento de Leopoldo López, preso desde 18 de fevereiro, começou na
Venezuela com uma demonstração de união de diferentes alas da oposição
ao presidente Nicolás Maduro. O apoio a López foi manifestado por
opositores que foram às imediações do Palácio de Justiça, no centro de
Caracas, ou divulgaram declarações nas redes sociais e na imprensa com
uma tese comum, a de que o líder do partido Vontade Popular é vítima de
uma perseguição política e que sua prisão é injusta, destacou o jornal
espanhol El País. O prefeito metropolitano de Caracas, Antonio Ledezma,
afirmou que os poderes públicos “estão sequestrados pela cúpula do
governo” e criticou a Justiça venezuelana por “castigar os inocentes e
absolver os verdadeiros culpados pela crise”. Pelo Twitter, o
ex-candidato presidencial Henrique Capriles destacou: “Hoje começa o
julgamento da Justiça podre contra nosso companheiro Leopoldo López. A
primeira medida que o juiz deveria tomar hoje é libertá-lo”. Em
entrevista coletiva, Maduro lançou sua ira contra López. “Tem que pagar e
vai pagar, simples assim. Ele fez muitos danos a este país”, disse:
“Sabem que ele é um representante dos gringos na Venezuela que desde
pequeno tem uma visão messiânica de que nasceu para ser líder, para ser
presidente da Venezuela”. Acusado de incitação ao crime, associação para
o delito, dano a prédios públicos e incêndio intencional. Somadas, as
penas pelos crimes aos quais responde podem resultar em mais de treze
anos atrás das grades. López, um civil, é mantido em um presídio
militar. O julgamento deverá ser retomado no dia 6 de agosto, segundo
informação do jornal venezuelano El Nacional. O Ministério Público
responsabiliza ainda Marco Coello, Christian Holdack, Demian Martin e
Ángel González pelos danos à sua sede durante manifestação realizada no
dia 12 de fevereiro, quando começou a onda de protestos.
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