Embaixador iraquiano diz que radicais têm material atômico
Em carta enviada para a ONU, diplomata
afirma que insurgentes do Isil teriam tomado 40 quilos de compostos de
urânio de universidade
Os insurgentes do Estado Islâmico no Iraque e no Levante (Isil, na sigla
em inglês) tomaram materiais radioativos usados para pesquisas
científicas em uma universidade do norte iraquiano, onde o movimento
radical sunita tem conquistado diversas localidades desde o dia 10.
A afirmação é do embaixador de Bagdá nas Nações Unidas, Mohamed Ali
Alhakim em uma carta endereçada à ONU na qual o governo de seu país pede
ajuda internacional para “impedir a ameaça” do uso do material nuclear
“pelos terroristas no Iraque e no exterior”.
Aproximadamente 40 quilos de compostos de urânio eram mantidos na
Universidade de Mossul, primeira cidade tomada pela ofensiva dos
radicais, segundo a carta enviada por Alhakim ao secretário-geral das
Nações Unidas, Ban Ki-moon.
“Grupos terroristas assumiram controle de material nuclear nas
localidades que saíram do controle do Estado”, declarou o diplomata
iraquiano, afirmando que as substâncias radioativas “podem ser usadas na
fabricação de armas de destruição em massa”. Segundo o embaixador,
“esses materiais nucleares, apesar das quantidades limitadas
mencionadas, podem possibilitar os grupos terroristas - com a ajuda dos
especialistas necessários - de usá-los em atos terroristas,
separadamente ou em combinação com outros materiais”. Alhakim afirmou
que existe o perigo de que as substâncias radioativas sejam
contrabandeadas para fora do Iraque.
Uma fonte do governo americano familiarizada com o tema afirmou que é
improvável que os materiais nucleares sejam urânio enriquecido - e, por
esse motivo, seria difícil processar as substâncias para uso bélico.
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