Brasil é a principal rota da cocaína enviada à Europa
A UNODC, agência da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre drogras e crimes divulgou um relatório constrangedor.
Informa: o Brasil tornou-se o principal país usado por traficantes para transportar a cocaína produzida na região dos Andes para a Europa.
De acordo com o Relatório Mundial sobre Drogas 2011 o número de carregamentos de cocaína provenientes do Brasil interceptados na Europa deu um salto.
Em 2005, foram barrados 25 remessas (339 quilos de cocaína). Em 2009, registraram-se 260 apreensões (1,5 tonelada).
Já as apreensões totais (incluindo aquelas para consumo interno) subiram de oito toneladas em 2004 para 24 toneladas em 2009, quando 1.600 kg foram apreendidos em cinco aeronaves interceptadas.
O documento da ONU vai às manchetes como a penúltima evidência do descontrole que infelicita as fronteiras do Brasil.
Dias atrás, o governo brasileiro lançou um Plano Estratégico de Fronteira. Anunciou-se para breve uma situação inteiramente nova.
Os dados da ONU indicam que não há de ser por falta de matéria-prima que a iniciativa vai fracassar. Caos não falta.
Como se fosse pouco, o relatório também revela que cresce o uso de medicamentos prescritos para fins não medicinais. Inclusive no Brasil.
Segundo o relatório, os mercados globais de cocaína, heroína e maconha diminuíram ou se mantiveram estáveis, ao contrário dos opioides e de novas drogas sintéticas, que apresentaram crescimento. O cultivo ilícito de papoula - matéria-prima do ópio e da heroína - e de coca - planta a partir da qual se produz cocaína - ficou limitado a poucos países, mas a produção dessas drogas ainda é significativa.
O relatório mostra ainda que 210 milhões de pessoas, cerca de 4,8% da população mundial com idade entre 15 e 64 anos, consumiu ao menos uma vez alguma droga ilícita em anos anteriores.
Já o uso problemático de drogas atingiu 0,6% da população nessa faixa etária.
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