quinta-feira, 30 de junho de 2011

Renato fala em 'tempestade em copo d'água', mas pode ser demitido.

O Grêmio mudará. Ainda não está definido quais serão as modificações no clube. Elas podem ser radicais. A quinta-feira - 30 de junho - será de reuniões entre dirigentes e comissão técnica. Ninguém tem seu posto garantido. O departamento de futebol inteiro, o técnico Renato Gaúcho e seu assistente podem estar vivendo suas últimas horas no clube.
Após o empate por 2 a 2 com o até então lanterna Avaí, dentro de casa, na quarta-feira - 29 de junho, Renato teve uma longa conversa com os homens de futebol. Geralmente rápido para conceder entrevistas, o treinador demorou quase uma hora para comparecer na coletiva da noite.
Mais uma vez pedindo paciência até que todos os jogadores estejam em condições de jogo, o treinador analisou as críticas pelo resultado como exageradas e as definiu como 'tempestade em copo d'água'. "Vocês vão dizer o que se amanhã ou depois eu saio? Vão dizer que é uma coisa normal. Ai vem outro e toma porrada também. E ai?", questionou.
O vice de futebol gremista, Antônio Vicente Martins qualificou o resultado com o Avaí como um desastre, mas usou um tom ameno para falar sobre a situação de Renato. O presidente Paulo Odone, contudo, foi mais incisivo. Segundo a imprensa local, a vitória sobre o Avaí era obrigatória para que Renato seguisse no cargo.
Após as declarações de Vicente Martins, Odone se pronunciou sobre a crise que contabiliza quatro jogos sem vitória. Ele afirmou que ocorrerão mudanças, mas não definiu quais serão. "Vamos tomar as decisões necessárias. Temos que reverter a situação", afirmou o dirigente, sem se alongar na resposta. "Amanhã (quinta-feira) vamos decidir isso. Não garanto nada".
"A base que foi tão bem com ele - Renato - no ano passado está falhando. Ele tirou mais suco do que podia no ano passado e este ano não está indo bem. Nenhuma decisão tomada aqui vai ser por mau juízo que fazemos do Renato."
"Mas o desgaste do treinador com o time e e o grupo isso é normal no futebol . Às vezes se brinca que não pode mudar o presidente, não pode mudar todos os jogadores e o primeiro que muda é o treinador. Mas isso vamos decidir em uma mesa blindada, com muita frieza. o Renato é um ídolo nosso, um ídolo meu. Não é porque é um ídolo para todos que ele vai ficar eternamente cativo como profissional no Grêmio. Se ele vai ficar mais tempo, menos tempo, não sei dizer para vocês hoje", completou Odone.
Os dirigentes acreditam que há um bom ambiente no vestiário e boas condições de trabalho. Porém, onde está ocorrendo o erro não foi descoberto. "Temos que ter calma para fazer a análise de todos os problemas. O Renato pode sair, eu posso sair. O Renato pode ficar, eu posso ficar", desconversou Martins.
Depois de comandar uma ótima reação no Brasileiro do ano passado e levar o Grêmio à vaga na Copa Libertadores, Renato vem tendo um 2011 ruim. Ele perdeu a final do Gaúchão para o Inter, foi eliminado nas oitavas de final da Libertadores para a Universidad Católica e faz um início de Brasileirão abaixo do esperado.

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