Novo comboio para Gaza
Foi dada a largada para a "Segunda Flotilha da Liberdade", esquadra de 12 barcos com cerca de 500 ativistas pró-palestinos, de 20 países, que promete furar o bloqueio naval israelense à Faixa de Gaza, em vigor desde que o grupo Hamas tomou o controle da região, em 2007.
O primeiro barco da nova flotilha, de bandeira francesa, partiu na madrugada de ontem da costa da Córsega em direção à Grécia, onde vai se reunir a outras embarcações, que prometem partir amanhã de portos gregos e italianos.
A viagem acontece um ano depois da primeira "Flotilha de Liberdade", que acabou em tragédia. No dia 31 de maio de 2010, seis barcos que rumavam para Gaza foram interceptados por comandos israelenses em alto mar. No maior deles, o Mavi Marmara, houve confronto e nove ativistas, todos turcos, morreram.
O exército israelense alegou que os ativistas estavam armados e atacaram os soldados. Mas a alegação não evitou a onda de condenações a Israel por todo o mundo e o corte, na prática, do relacionamento diplomático entre Israel e Turquia.
A tensão diante da nova flotilha está à flor da pele em Israel. Ontem, o diretor do Departamento de Imprensa do Goveno (DIG), Oren Helman, enviou carta a todos os jornalistas estrangeiros em Israel ameaçando-os, caso embarquem em algum dos navios, mesmo que seja apenas para cobrir o evento.
"A participação na flotilha é uma violação intencional da lei israelense e pode levar seus participantes a terem a entrada negada no Estado de Israel por dez anos, ao confisco de seus equipamentos e a sanções adicionais", escreveu Helman.
A mensagem foi classificada de "intimidação" pela Associação dos Jornalistas Estrangeiros de Israel, para a qual ela "levanta sérias questões quanto ao compromisso de Israel com a liberdade de imprensa".
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