Sérgio Cabral viajou a Porto Seguro de manhã no dia do acidente do helicóptero da Delta Construções
No dia do acidente com o helicóptero que matou sete pessoas, o governador Sérgio Cabral (PMDB-RJ) viajou a Porto Seguro ainda pela manhã, e não às 17 horas, conforme vem afirmando desde então. Cabral voou em um avião do empresário Eike Batista para a Bahia para participar da comemoração do aniversário do empreiteiro Fernando Cavendish, dono da Delta Construções, em 17 de junho. A festa, contudo, não aconteceu porque o helicóptero Esquilo PR-OMO caiu no mar por volta das 19 horas, matando o piloto e os seis passageiros, entre eles, Mariana Noleto, namorada de um dos filhos do governador, e Jordana Kfuri Cavendish, mulher do aniversariante. A presença de Cabral ainda pela manhã foi confirmada por funcionários da Fazenda Jacumã, um condomínio de casas luxuosas localizado a 72 quilômetros de Porto Seguro, onde ocorreria a festa de Cavendish. Dois funcionários relataram que viram o governador no local antes do meio-dia. O avião que transportou o governador à Bahia deveria pousar na pista do Terravista, um condomínio de luxo a cerca de 20 quilômetros de Jacumã. Segundo funcionários do aeroporto privado, a gerência da Jacumã telefonou na manhã do dia 17 para perguntar se um jato com o governador do Rio de Janeiro poderia pousar na pista e se o helicóptero Esquilo, pilotado por Marcelo Mattoso Almeida (uma das vítimas), poderia levá-lo à fazenda, a 10 minutos de vôo. Como o tempo estava chuvoso e o Terravista não opera pousos e decolagens por instrumentos, os operadores indicaram que a aeronave deveria se dirigir a Porto Seguro. Almeida era um dos donos da Jacumã. A administração do Aeroporto de Porto Seguro e a Aeronáutica não se manifestaram sobre o horário da chegada do jato privado com Cabral e os voos realizados pelo helicóptero de Almeida.
PS: Cabral chama sócio de Eike para acertar os ponteiros
O governador Sérgio Cabral, do Rio de Janeiro, que reassumiu o cargo, convocou Flávio Gordilho para uma reunião em seu gabinete.
Flávio vem a ser executivo e sócio minoritário do empresário Eike Batista.
Um dos objetivos da reunião: formatar um discurso único que sirva a Cabral e a Eike para justificar o uso por Cabral do jatinho do empresário - e outros favores prestados mutuamente.
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