terça-feira, 28 de junho de 2011

Brasil é o país que mais reduz desigualdade entre Brics, aponta estudo.

O Brasil é o país dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) com os melhores indicadores de redução das desigualdades sociais. O levantamento apura que no Brasil a evolução dos indicadores das classes sociais têm mostrado desempenho superior ao dos dados macroeconômicos, enquanto nos demais membros dos Brics a relação é a oposta.
Os números fazem parte do estudo “Os Emergentes dos Emergentes”, da Fundação Getúlio Vargas, apresentada em São Paulo pelo professor e pesquisador Marcelo Neri, que é o economista-chefe do Centro de Políticas Sociais da instituição.
“A desigualdade está caindo muito mais no Brasil do que em outros emergentes”, afirma Neri. No Brasil, a renda familiar tem crescido em média 1,8 ponto percentual acima do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), anualmente entre 2003 e 2010, a melhor relação entre os emergentes. Já na China, a relação é inversa: a renda familiar vem crescendo dois pontos percentuais abaixo do PIB do período.
“Aqui o microssocial está evoluindo melhor do que o macroeconômico”, aponta Néri. Na década de 2000, o Brasil também teve a segunda melhor taxa de crescimento anual da renda domiciliar per capita entre os 20% mais pobres, com alta de 6,3%, atrás apenas da China, que teve 8,5%.
Em seguida vem a África do Sul (5,8%) e a Índia (1%). Ao mesmo tempo, a taxa de crescimento anual da renda familiar dos 20% mais ricos foi mais intensa nos outros países: China (15,1%), África do Sul (7,6%), Índia (2,8%) e Brasil (1,7%). “O bolo da renda dos mais pobres cresce mais que a dos mais ricos no Brasil”, aponta Néri.

Niterói, o município mais classe A do Brasil.
Ainda de acordo com o estudo, o município brasileiro com mais pessoas na chamada Classe A, em termos de renda e consumo, é Niterói, no Rio. Ali, de cada cem habitantes, 30,7 estão no grupo A. Depois aparecem as cidades de Florianópolis (27.7%), Vitória (26,9%), São Caetano (26,5%) e Porto Alegre (25,%). No outro extremo, o município com maior quantidade de pessoas na classe econômica de menor poder aquisitivo, a classe D, Pingo D’Água, em Minas Gerais. Lá, de cada 100 pessoas, 41,3 estão entre os mais pobres.

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