quinta-feira, 2 de junho de 2011

Marco Maia pretende anular convocação de Palocci

O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), pretende anular a votação da convocação do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, aprovada na comissão de Agricultura da Câmara.
Apesar de ter anunciado que só vai tomar alguma decisão sobre o caso apenas na próxima terça-feira - 7 de junho - após analisar as imagens, o áudio e as notas taquigráficas da sessão, Maia já tem o seu veredicto.
A decisão será a de anular a votação, ocorrida ontem - 1º de junho -, e convocar uma nova na Comissão a ser realizada na quarta-feira - 8 de junho.
Essa estratégia foi traçada hoje - 2 de junho - em conversa com líderes da base aliada do governo. Caso não apareça nenhum fato novo, segundo integrantes da base, ela será mantida até o final.
A decisão de Marco Maia pode ser questionada pela oposição na Comissão de Constituição e Justiça.
Mesmo diante dessa possibilidade, governistas se dizem tranqüilos, pois têm maioria na comissão.
Apesar da blindagem em torno de Palocci na Câmara, o silêncio do ministro causa embaraço entre integrantes da base aliada.
Ouviu-se governistas que participaram na manhã de hoje do evento de lançamento do programa Brasil Sem Miséria, realizado no Planalto.
Na avaliação de alguns deles, Palocci não deve esperar para se defender apenas após o Procurador Geral da República, Roberto Gurgel, se pronunciar sobre as informações recebidas do ministro.
“O tempo político é diferente do tempo jurídico. Ninguém suporta mais não ter explicações”, avaliou um dos convidados, integrante do PT.
Presente no evento, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), também disse que Palocci deve explicações.
“Não podemos agir com prejulgamentos. Até esse momento não há nenhuma palavra do Ministério Público em desabono ao que ele prestou contas. E ele deve sim dar as explicações que a sociedade deseja”, ressaltou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário