General admite que Exército do Egito fez 'teste de virgindade' em detidas durante revolta popular
Praça Tahrir
Um general do Egito admitiu que o Exército do país realizou "testes de virgindade" em mulheres detidas durante a revolta popular do início do ano que terminou com a queda do ditador Hosni Mubarak.
A denúncia surgiu em um relatório da Anistia Internacional, que, além dos "testes de virgindade", denunciava vários tipos de tortura, incluindo choques elétricos. As detidas também teriam sido ameaçadas de ser indiciadas por prostituição. O Exército negava as acusações.
Entretanto, meses depois, o general, sob condição de anonimato, confirmou a realização dos "testes de virgindade" e defendeu a prática. Segundo ele, as verificações eram feitas para evitar que as detidas acusassem os militares de estupro na cadeia.
"As meninas detidas não eram como a sua filha ou a minha. Aquelas meninas acampavam em tentas com homens na Praça Tahrir, e nós encontramos coquetéis Molotovs e drogas. Para que elas não dissessem ter sido estupradas, verificamos logo se eram virgens", disse o oficial.
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