Juízes ameaçam deflagrar greve nacional em agosto
A Ajufe (Associaçãodos Juízes Federais) marcou para 17 de agosto uma assembléia de contornos inéditos.
Vai-se discutir a hipótese de deflagração de uma greve nacional dos cerca de 16.100 juízes em atividade no país.
Donos de contracheques com valor médio de R$ 23 mil mensais, os juízes reivindicam reajuste de 14,79%. O governo resiste.
Como alternativa à paralisação, os juízes cogitam marcar um “dia nacional de mobilização”.
Se prevalecer essa modalidade mais branda de protesto, pretende-se levar a Brasília algo como 1.000 representantes da categoria.
Tenta-se atrair para o movimento os procuradores e promotores do Ministério Público.
Pretende-se fazer uma manifestação defronte da sede do STF, para chamar a atenção para a causa da magistratura.
Não há, por ora, estimativa da cifra que escoará do Tesouro Nacional.
Quanto ao pedido de aumento salarial de 14,79%, depende de aprovação no Congresso.
Se decidirem atender aos juízes, os congressistas terão de alterar o teto de remuneração do serviço público.
Aumentados, os magistrados passariam a ganhar, no topo da carreira, pouco mais de R$ 26 mil.
Alcançariam os ministros do STF, cuja remuneração (R$ 26.723) serve de pé-direito para toda a administração pública.
Defende-se que os membros do Supremo passem a receber R$ 30.675. Algo que estimularia os parlamentares, já equiparados ao STF, a se autoreajustar.
Seria acionado, então, um efeito dominó que iria da presidente da República e dos ministros a deputados estaduais e vereadores.
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