Irlanda do Norte
Um fotógrafo levou um tiro na perna e outras duas pessoas ficaram feridas durante confrontos violentos entre católicos e protestantes em Belfast pela segunda noite consecutiva.
A polícia disse que cerca de 700 pessoas lançaram coquetéis molotov e outros projéteis na zona de Newtonards na cidade, uma noite depois que duas pessoas foram feridas a bala nos piores episódios de violência deste tipo na região em uma década, segundo estimativas de políticos.
Na noite anterior, cerca de 500 pessoas, muitas delas jovens com o rosto coberto, se enfrentaram em Short Strand, uma zona de casas católicas no leste da cidade, predominantemente protestante. Os dois grupos dispararam tiros.
A violência acontece no início da temporada de paradas protestantes na Irlanda do Norte, que desencadearam protestos dos católicos no passado.
A polícia culpou membros da Ulster Volunteer Force (UVF) de iniciar a primeira noite de distúrbios. O UVF é um dos grupos paramilitares pró-britânicos mais mortíferos do passado sangrento da Irlanda do Norte. O UVF disse há dois anos que tinha completado seu desarmamento, segundo o exemplo de outros grupos depois do acordo de paz de 1998, que pôs fim em sua maior parte a três décadas de violência na província sob controle britânico.
A Irlanda do Norte se viu sacudida durante esses anos pelos enfrentamentos entre os pró-britânicos, em sua maioria protestantes, que queriam continuar fazendo parte do Reino Unido e os republicanos, em sua maioria católicos, que desejavam fazer parte de uma Irlanda unida.
O acordo de paz abriu o caminho para um governo compartilhado entre os dois grupos. A violência tem diminuído com o passar dos anos, mas ainda existem grupos armados dissidentes.
Os desfiles comemoram fundamentalmente acontecimentos históricos, principalmente vitórias britânicas, e são considerados por seus participantes como uma expressão de sua identidade cultural. Muitos católicos os veem como provocadores.
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