Além de pagar US$ 1 milhão em fiança e dar US$ 5 milhões como depósito de garantia - que receberá de volta se não fugir - para aguardar o processo em liberdade, o ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) Dominique Strauss-Kahn terá que pagar também os custos da prisão domiciliar, estimados entre US$ 80 e 200 mil por mês. O julgamento deve demorar seis meses para começar.
Inicialmente Strauss-Kahn ficaria em um apartamento de luxo alugado por sua mulher em Manhattan, mas foi rejeitado pelos moradores. Ele então foi levado temporariamente a um imóvel em Lower Manhattan, de propriedade da empresa de segurança privada Stroz Friedberg, designada pela Justiça para vigiar o político.
Os custos com a prisão domiciliar se explicam porque DSK será monitorado 24 horas por dia. Câmeras de segurança serão instaladas nas janelas e portas, para garantir que o político não fuja. Além da tornozeleira eletrônica, seu apartamento será controlado por vigilantes armados com ordem para atirar.
Ele poderá receber, no máximo, quatro visitas por vez, depois que elas passarem por rigorosa inspeção, e provavelmente não terá permissão para assistir televisão nem falar ao celular.
Alguns tipos de computadores também estão vetados, e mesmo a comida da casa será controlada pela empresa, segundo o "Le Monde". Ainda assim, o advogado William Taylor afirmou que a libertação de DSK representou "um grande alivio para a família", e o político está "muito melhor agora do que no início".
O ex-diretor do FMI está marcado para comparecer novamente diante da Justiça no próximo dia 6, quando deverá optar por se declarar culpado ou inocente das sete acusações que pesam contra ele - e que poderiam lhe render 74 anos de prisão. Caso se declare inocente, ele deve ser julgado até o final do ano.
O prédio onde ele está preso.
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