Grupo Silvio Santos fecha venda do Baú da Felicidade em 90 dias
A reestruturação do Grupo Silvio Santos após a venda do banco PanAmericano terá mais um desdobramento nos próximos meses: a venda do braço varejista Baú da Felicidade. De acordo com o vice-presidente do grupo, Lásaro do Carmo Jr., o negócio deve ser fechado entre 60 e 90 dias e segue a venda da Braspag, de processamento de pagamentos online, para a Cielo. Depois de perder o banco PanAmericano, após uma fraude contábil que gerou um rombo de R$ 4 bilhões, o grupo Silvio Santos decidiu se reestruturar para não sofrer os impactos da venda do banco. Para isso, vai focar em três pilares "estratégicos" nos próximos cinco anos. Consumo, com a Jequiti Cosméticos; comunicação, com o SBT; e capitalização, concentrando esforços na Liderança Capitalização (Tele Sena). "Nós eramos um grupo muito pulverizado e resolvemos focar naquilo que é o grande conhecimento do grupo. Assim, o foco dos investimentos serão os mercados de maior potencial para nós", disse Carmo. Dentro desse plano, o grupo decidiu se desfazer da Braspag e do Baú. Outras empresas, como a seguradora Panseg, a construtora Sisan e os hotéis Jequitimar permanecem no grupo, mas sem grandes investimentos, diz o executivo. A venda do Baú está sendo negociada pelo Bradesco BBI. De acordo com Carmo, o grupo decidiu vender a empresa por não conseguir competir adequadamente no setor. As lojas do Baú estão localizadas em São Paulo e no Paraná e a empresa vinha passando por dificuldades desde que adquiriu a Dudony, em recuperação judicial, com dívida de R$ 100 milhões. De acordo com Carmo, o Baú fatura hoje R$ 400 milhões por ano.
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