Ministro francês renuncia após acusações de assédio sexual
Após ser acusado de assédio sexual e estupro , o ministro do Serviço Civil francês, Georges Tron, anunciou sua renúncia. Tron, responsável pelo funcionalismo público, está sendo acusado por duas mulheres de ter cometido os crimes quando ainda era prefeito da região de Draveil, ao sul de Paris. O anuncio de sua renúncia seria uma tentativa de evitar um escândalo como o do candidato à Presidência da França, Dominique Strauss-Kahn, preso em Nova York no início do mês acusado de assediar uma camareira de hotel .
Um comunicado emitido pelo gabinete do primeiro-ministro francês, François Fillon, afirma que Tron agiu "no interesse geral" ao deixar o governo, embora negue as acusações. Na semana passada, promotores franceses abriram um inquérito para investigar acusações contra o ministro francês.
A promotora Marie-Suzanne Le Queau informou a repórteres da agência Reuters que um inquérito preliminar foi a aberto devido às acusações e que as autoridades ainda estão investigando o caso. O advogado de Tron, Olivier Schnerb, afirma que as acusações são falsas e que seu cliente vai processar as mulheres por difamação.
Segundo o jornal "Le Parisien", Tron teria afirmado que as acusações são fantasiosas, e que as duas mulheres que o acusam foram demitidas de seus postos da Prefeitura de Draveil. Uma das mulheres, que não teve a identidade revelada, teria dito ao jornal que o ministro de 53 anos a tocava de forma inapropriada quase todos os dias em que ela trabalhou como recepcionista no escritório dele. Ao jornal a mulher contou que só decidiu quebrar seu silêncio após a prisão de Dominique Strauss-Kahn, que era favorito para vencer as eleições presidenciais francesas em 2012. Ele foi libertado sob fiança e nega as acusações.
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