Suprema Corte dos Estados Unidos mantém lei do Arizona contra imigrantes ilegais
A Suprema Corte dos Estados Unidos manifestou seu apoio a uma lei do Estado do Arizona que impõe duras penalidades a empresários e comerciantes que contratarem imigrantes ilegais. Pela lei, a chamada Legal Arizona Workers Act, de 2007, empregadores que contratarem imigrantes ilegais podem ter suas licenças suspensas ou revogadas. A lei era contestada pela Câmara de Comércio e pela ong União Americana pelas Liberdades Civis, em uma ação apoiada pelo governo do presidente Barack Obama. Por cinco votos a três, os juízes da Suprema Corte rejeitaram os argumentos de que a lei era conflitante com a política de imigração federal. Ao apresentar a decisão, o presidente da Suprema Corte, John Roberts, disse que outros sete Estados (Pensilvânia, Colorado, Mississippi, Missouri, Tennessee, Virgínia e Virgínia Ocidental) recentemente adotaram leis semelhantes. Segundo seus autores, o objetivo da lei é combater o problema da imigração ilegal ao exigir que empregadores confiram o status de imigração dos candidatos a novas vagas, por meio de um banco de dados federal. Especialistas afirmam que a decisão poderá abrir caminho para que os Estados exerçam um papel maior nas questões relacionadas à imigração. No ano passado, outra lei sobre o tema aprovada no Arizona, a SB 1070, provocou polêmica em todo o país e até no exterior. A SB 1070 torna crime estadual a presença de imigrantes ilegais e dá à polícia o poder de exigir documentos de pessoas suspeitas, o que pode levar à prisão e à deportação, caso seja confirmado o status ilegal. O Arizona é o estado americano com a fronteira mais extensa com o México e também o que recebe o maior número de imigrantes ilegais, além de sofrer com problemas como tráfico de drogas e armas na região.
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