Dilma evita imprensa e ministro se irrita sobre caso Palocci
Em visita de pouco mais de cinco horas a Montevidéu, na segunda-feira - 30 de maio, a presidente Dilma Rousseff evitou contato com a imprensa. Os ministros que integravam a comitiva presidencial se irritaram com perguntas sobre o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci. Palocci é coordenador político do governo e pivô de uma crise, depois da divulgação de seu monumental enriquecimento, com patrimônio multiplicado por 20 em quatro anos, e com sua empresa faturando R$ 20 milhões em 2010, ano eleitoral. Após reunião bilateral com o colega José Pepe Mujica, Dilma se limitou a uma declaração formal sobre a visita ao Uruguai. O ministro Paulo Bernardo (Comunicações) se irritou ao ser questionado sobre Palocci. "Já que a agenda de vocês é essa, eu não falo. Com licença que vou almoçar", disse ele, de maneira ríspida. O ministro, ao tentar sair dos jornalistas, tropeçou em um cabo e quase caiu. "Volto a repetir o que já disse. Para a Polícia Federal, não há crime, por isso ele não será investigado. Há muita fumaça para pouca fagulha", disse o ministro da Justiça, o "porquinho" José Eduardo Cardozo. Segundo ele, Palocci não pode divulgar a origem do dinheiro que recebeu em 2010. "Ele pode ser processado pelas empresas se fizer isso. Os contratos de consultoria têm caráter confidencial", afirmou. O "porquinho" José Eduardo Cardoso também é dono de empresa de consultoria.
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