Taxas e combustível são 39% dos gastos em cruzeiros no Brasil
Os cruzeiros marítimos pelo Brasil movimentaram R$ 1,3 bilhão na temporada 2010/2011, segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas apresentado. Chama a atenção que 39% desse total corresponde apenas a gastos com combustíveis (R$ 291,7 mi) e taxas portuárias e impostos (R$ 215,2 mi). Mas Airton Pereira de Nogueira Junior, coordenador da pesquisa, ressaltou o efeito cascata na economia em terra, para além dos navios. Afinal, quase a mesma porcentagem anterior, de 40% do total (R$ 522,5 milhões), foi gerada pelos gastos dos turistas e dos tripulantes nas cidades dos portos de embarque, desembarque e trânsito. As principais cidades portuárias envolvidas nessa conta são, na ordem: Rio de Janeiro (RJ), com R$ 102,9 milhões; Santos (SP), com R$ 86,6 milhões; Búzios (RJ), com R$ 57 milhões; Salvador (BA), com R$ 43,9 milhões; e Ilhabela (SP), com 42,3 milhões. Os cinco destinos representam cerca de 64% desses gastos terrestres e 80% do total de escalas de cruzeiros, entre os 16 portos brasileiros. Os quase 20% restantes na conta vêm do navio em si, com suprimentos de alimentos e bebidas a bordo (R$ 133,5 mi), comissões a agentes e operadoras (R$ 122,9 mi), além de água e lixo (R$ 28,1 mi). A temporada teve 20 navios, que transportaram 792.752 cruzeiristas (12% estrangeiros). Seis anos antes, eram apenas seis navios transportando 139 mil cruzeiristas, cerca de cinco vezes menos.
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