sexta-feira, 20 de maio de 2011

Refugiados da África morrem tentando chegar à Europa
Fazem do Mediterrâneo “a maior vala comum do planeta”


As revoltas populares do norte da África e a guerra na Líbia colocaram o Mar Mediterrâneo de novo no centro do mundo, como foi nos séculos passados, mas transformando-o também no túmulo de africanos desesperados.
Segundo a Fortress Europe, agência especializada em emigração, desde 1998 até 2010 morreram afogadas no Mediterrâneo 16 mil pessoas que buscavam uma vida melhor do outro lado do mar.

Refugiados africanos em barcos precários

Desde janeiro passado chegaram às costas italianas 35 mil pessoas procedentes da Tunísia e da Líbia. Mas, ao mesmo tempo, entre 800 e 900 pessoas morreram afogadas na tentativa, segundo a ONU.
A Organização das Nações Unidas está tentando confirmar outras 600 perdas de vidas humanas. “Quem sabe quantas mais deve haver!”, comenta com amargura Laura Boldrini, porta-voz italiana da ACNUR, o Alto Comissariado da ONU para Refugiados.

Refugiados do norte da África na ilha de Lampedusa, na Itália.

O drama dos refugiados dos conflitos e levantes no norte da África que tentam, pelo Mediterrâneo, chegar a diferentes pontos da Europa é semelhante aos que fugiam, em barcos precários ou improvisados, da guerra do Vietnã nos anos 70 - os desesperados boat people -, ou então os balseros de Cuba que arriscam a vida da mesma forma para escapar da ditadura rumo à Flórida, nos EUA.

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