Dominique Strauss-Kahn renuncia à direção geral do FMI

O diretor-geral do FMI (Fundo Monetário Internacional), o socialista francês Dominique Strauss-Kahn, que está preso em Nova York desde o último sábado - 14 de maio, acusado de violência sexual sobre uma camareira africana do Hotel Sofitel, renunciou na noite de quarta-feira - 18 de maio - à chefia do organismo financeiro internacional. Ele pretendia concorrer à presidência da França pelo Partido Socialista, e já tinha previsto o lançamento de sua candidatura para o dia 28 de junho.
"Rejeito com a maior firmeza possível todas as acusações feitas contra mim", disse Strauss-Kahn em sua carta de renúncia, divulgada pelo FMI.
A prisão de Dominique Strauss-Kahn abriu uma guerra cultural entre franceses e americanos . Na mídia dos dois países, dardos envenenados voam de parte a parte: para os franceses, os americanos são puritanos e hipócritas; do lado de cá do Atlântico, americanos definem os franceses como libertinos, covardes e machistas.


Sucessão: lista de diretoráveis do FMI
A lista é encabeçada pela respeitada ministra da Economia da França, Christine Lagarde, que, se escolhida,será a primeira mulher a exercer, mas dela fazem parte, entre outros, os alemães Thomas Mirow, ex-presidente do Banco Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento (BERD), Peer Steinbrück, ex-ministro social-democrata das Finanças, e Axel Weber, ex-presidente, por 7 anos, do Deutsche Bundesbank, o Banco Central alemão, além do ex-primeiro-ministro trabalhista britânico Gordon Brown que, porém, tem a oposição de seu sucessor conservador, David Cameron.
Na hipótese, difícil, de alguém proveniente dos emergentes, como o do ex-ministro das Finanças turco Kemal Dervis para o lugar de Strauss-Kahn.

Christine Lagarde, Thomas Mirow, Peer Steinbrück, Axel Weber, Gordon Brown: lista de candidatos europeus ao posto de Strauss-Kahn