quinta-feira, 7 de abril de 2011

Tarso Genro e a maconha "saborosa"

O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, surpreendeu a plateia e deixou perplexos assessores em Porto Alegre. Ele fez algumas considerações sobre drogas durante uma aula magna que proferiu no Salão de Atos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs). O tema da palestra era 'Universidade e o futuro da República'.
Diante do auditório lotado, o ex-ministro da Justiça, ao responder a uma questão genérica sobre o assunto, defendeu que seja feita uma distinção nas questões referentes às drogas, de forma que se discuta cientificamente o que compromete a saúde e a sanidade mental. "Por exemplo, as pessoas terem tolerância com a cannabis sativa é diferente do que com a heroína. A maconha há especialistas que dizem que faz menos mal do que cigarro. Dizem. Eu nunca vi uma pessoa matar por ter fumado um cigarro de maconha."
Foi o suficiente para que fosse interrompido por risos e aplausos. Tarso havia começado sua resposta avaliando que a legalização das drogas não ajuda a combater o que considerou "um quadro de transformação da droga em dinheiro, dinheiro em droga, droga em poder, poder em política e assim por diante". E descreveu a situação como um elemento de crise civilizatória para o qual não sabe avaliar qual a melhor saída.
Animado com a empolgação da plateia, contudo, o governador aproveitou a oportunidade para falar sobre situações pessoais e lembrar momentos de sua trajetória. "Não tenho nenhum preconceito. Na minha época, a gente não fumava maconha, não era porque não tivesse vontade, era porque as condições que a gente vivia e trabalhava na clandestinidade (era a época anterior ao golpe militar e, depois, a da ditadura) não era preciso adicionar mais nenhuma questão de insegurança. Dizem que é muito saboroso."
O governador já havia deixado a plateia surpresa quando, na parte final de sua palestra, se emocionou e começou a chorar, soluçando, ao citar um fato ocorrido com o líder sul-africano Nelson Mandela: "Desculpem, sempre que eu falo no Mandela, faço fiasco." Tanto o choro como as declarações sobre drogas aconteceram após Tarso ter feito uma palestra considerada por boa parte dos ouvintes como hermética, e na qual foram recorrentes citações e referências a intelectuais como Karl Marx, Immanuel Kant e Martin Heidegger.


PS: Heidegger foi amante de Hanna Arendt, pensadora judia, autora do mais monumental estudo sobre o totalitarismo, que precisou fugir da Alemanha para não ser morta pelos nazistas. Tarso Genro, aliás, esconde de todos a sua condição de judeu.

Relatório do Departamento de Estado Americano (EUA), revela que o Brasil já tem 7 milhões de drogados.

Alunos adolescentes, maconheiros (qualquer escola) possuem desempenho até 50% menor do que os alunos que não são drogados.

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