Um deslizamento de terra paralisou parcialmente a construção do túnel Cuncas 1, que integra o eixo norte do projeto de transposição de águas do rio São Francisco, no Ceará.
O acidente ocorreu na última quinta-feira, 21 de abril, mas só foi revelado agora.
Com 15 quilômetros de extensão, nove metros de altura, nove de largura e será o maior túnel subterrâneo de água da América Latina, o túnel liga os municípios de Mauriti (CE) e São José de Piranhas (PB). De acordo com operários que trabalham no local, parte do teto ruiu. Cerca de 40 operários trabalham no local. Eles foram deslocados para outra frente de trabalho dentro do mesmo trecho.
O lote 14 do projeto de Integração do rio São Francisco está sendo executado pelo Consórcio Construcap, Toniollo e Busnello, Ferreira Guedes.
Os construtores tentavam abafar o caso e, segundo o jornalista Alex Gonçalves, do Radar Sertanejo, fiscais não permitiram a entrada de jornalistas no local.
Um operário contou que os trabalhadores ouviram um barulho e saíram correndo de dentro do túnel. Minutos depois, um bloco de pedras desabou em cima de algumas máquinas.
Os operários reclamam da falta de segurança na obra.
No fim da tarde de quinta-feira, 27 de abril, a assessoria de imprensa do Ministério da Integração Nacional informou, em nota, que o deslizamento de solo na entrada do túnel ocorreu devido à “consistência não uniforme do solo encontrado naquele ponto” da escavação e que imprevistos deste tipo podem ocorrer na escavação de túneis. A construção do trecho onde houve a ruptura do teto está paralisada para que sejam feitas novas sondagens de solo pelos responsáveis pelo projeto. Por questões de segurança, as visitas ao trecho também estão suspensas, disse o ministério.
O túnel foi uma das últimas obras visitadas pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Nordeste antes de sair da Presidência da República.
Nenhum comentário:
Postar um comentário