Pela Educação
Deveria ser criado uma data-símbolo de mobilização pela educação: melhor salário, melhor treinamento, melhores planos de carreira e melhor forma de avaliar os professores.
Precisaria se acabar com a praga que continua firme, viçosa, exuberante – uma chaga feia e exposta nas nossas pretensões de sermos um grande país: o analfabetismo.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) acaba de divulgar, com base no Censo de 2010, que quase 10% de nossa população com 15 ou mais anos é analfabeta. Para ser mais preciso, 9,6%. São quase 14 milhões de brasileiros analfabetos – mais que a população inteira do Chile ou de Portugal.
Sem contar os analfabetos funcionais.
É muita coisa. Estamos atrás, bem atrás, de países como a Albânia, a Somoa Americana ou a Mongólia.
E olhem que as coisas melhoraram, pois o Censo de 2000 indicava um índice de 13,6% de analfabetos.
Só quem piorou, proporcionalmente, foi o Nordeste, que contém o maior contingente de analfabetos e, sozinho , representa 53,3% (7,43 milhões) dos brasileiros que não sabem ler nem escrever. No Censo anterior, o percentual era de 51,5%.
Nossos vizinhos na América do Sul estão muito melhores do que nós. Contra os quase 10% de analfabetos no Brasil, a Argentina, com todos os seus tropeços, crises e desencontros, abriga apenas 2,8% e o Uruguai somente 2% — nível europeu. Até o mais pobre e sempre problemático Paraguai mostra índices mais vistosos: 94% da população é letrada, e apenas 6% são analfabetos.
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