quinta-feira, 7 de abril de 2011

O jornalista Reinaldo Azevedo pergunta quem vai pedir a cassação do governador Tarso Genro diante da apologia às drogas.

Quem pedirá a cassação do mandato do governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT)? Acho que ninguém. Quem na imprensa irá protestar contra a sua ligeireza, a sua irresponsabilidade, o seu pouco caso — ele já foi ministro da Justiça — com um dos mais graves problemas brasileiros? Acho que ninguém também! Nesse caso, então, nem se diga: com raras exceções, há identidade de agenda, quem sabe de prática.
A tese central de Tarso, se existe, é bucéfala: “Ah, maconha tudo bem, já as outras drogas…” Num país que tem hoje no crack um verdadeiro flagelo, um governador de estado dispensar às drogas esse tratamento banalizado, como se estivesse falando, sei lá, de alguma guloseima (”dizem que é muito gostosa”), merece o repúdio de qualquer pessoa de bom senso. Não! Mais do que isso: merece o repúdio das pessoas de bem!
Tarso é também chegado à mistificação sobre o passado. Esse negócio de que não fumou maconha porque estava na clandestinidade é uma sandice lógica. Justamente porque estava, teria sido mais fácil. Vamos pôr ordem na bagunça. Tarso foi, digamos assim, um clandestinozinho, por um certo período. Foi periferia do esquerdismo. Poderia ter fumado maconha à vontade, e ninguém daria a menor bola.

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