Na era dos bits, Dia do Livro passa por data fúnebre.
Muita gente nem percebeu. Quem notou, deu pouca ou nenhuma importância à data.
O Dia Internacional do Livro ateou no dia 23 de abril um ânimo de cortejo fúnebre.
Na era da web, a palavra escrita acha-se, por assim dizer, sob as garras do novo.
Em mais uma mudança de hábitos, o verbo move-se agora também em pixels e bits.
A tecnologia como que confere ao papel e à tinta ares de coisas antigas, obsoletas.
Estantes ganham aparência de cemitérios, para onde vão os livros depois de mortos.
Na contramaré do ceticismo dos modernos, recomenda-se: prefira o papel.
Leva uma inestimável vantagem sobre o visor de cristal líquido: não enguiça.
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