Reinaldo Azevedo
Tarso pode ler na imprensa gaúcha os efeitos nefastos da maconha — aquela, que “dizem ser saborosa”…
Vocês conhecem Taro Genro.
É o governador do Rio Grande do Sul. Do PT. Ele deu uma aula inaugural na Universidade Federal do Rio Grande do Sul e, ao falar sobre a maconha, minimizou seus efeitos negativos e ainda emendou, com a responsabilidade do cargo que ocupa: “Deve ser saboroso”.
Tarso também diz que agora só lê a imprensa gaúcha. A do resto do país, em especial a de São Paulo, ele considera desprezível, desnecessária. Compreendo o maragato… Eu não padeço de tara isolacionista ou separatista. Leio a imprensa gaúcha também.
Zero Hora publica um artigo sobre a maconha escrito por Sérgio Paula Ramos. Ele é psiquiatra e psicanalista e membro do conselho consultivo da Associação Brasileira de Estudos sobre o Álcool e outras Drogas. Para Tarso, o homem talvez tenha o defeito de ter nascido em São Paulo. Mas tem a qualidade, governador, de ter escolhido o Rio Grande do Sul para morar: gaúcho por opção! Embora eu não saiba em quem ele votou, minhas fontes no Estado me dizem que é eleitor do PT. Tarso sempre pode aprender alguma coisa sem se deixar contaminar pelos “reacionários”.
Entre outras coisas, o artigo intitulado “Cuidado, companheiro”, informa:
“(…) também está bem demonstrado, em nossa cultura, que, na história natural de um dependente químico, a primeira droga de experimentação é o álcool. A segunda, a maconha, que, no Brasil, é a droga ilícita mais consumida e, infelizmente, Porto Alegre, a campeã no seu consumo por jovens que, ensinam-nos os últimos achados das neurociências, apenas aos 22, 23 anos completam seu amadurecimento cerebral. Antes disso, apresentam importantes dificuldades no processo de tomada de decisões razoáveis, posto que sua região cortical responsável por fazer isso, o córtex pré-frontal, encontra-se imatura.
Devido a esta grande imaturidade do cérebro juvenil, é que se impõe que tanto os pais quanto os educadores tomem conta de seus filhos/alunos adolescentes. De fato, pais que sabem onde seu filho está, com quem e fazendo o que, têm 12 vezes menos filhos envolvidos com drogas do que os que não sabem. Igualmente, um Estado que protege seus adolescentes impedindo-os de consumir bebidas alcoólicas e reduzindo a oferta das drogas ilícitas está cumprindo o seu papel.”
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