Via Campesina invade unidade da Braskem no Rio Grande do Sul
Militantes da Via Campesina e outros grupos petistas invadiram na manhã de terça-feira (01/03) uma unidade da Braskem no Polo Petroquímico de Triunfo (cidade localizada a 97 quilômetros de Porto Alegre). Segundo o movimento, que também é integrado pela organização MSTD e pelo Levante da Juventude e Intersindical, 800 mulheres ocuparam o pátio da empresa [no caso o estacionamento], controlada pelo grupo Odebrecht, desde as 8 horas. Mas, conforme a Brigada Militar, o número de militantes não passa de 350. Um documento divulgado pelos manifestantes afirma que o objetivo da invasão é denunciar o plástico verde (ou polímero verde), um produto da Braskem produzido à base de cana-de-açúcar lançado em 2007. Segundo os manifestantes, o plástico verde é tão nocivo e poluidor quanto o plástico fabricado à base de petróleo porque intensifica a monocultura, os produtos transgênicos, o uso de agrotóxicos e a concentração de terra. No local são produzidas 200 mil toneladas de plástico verde por ano.
Novamente colocando mulheres e crianças na linha de frente, o MST gaúcho ocupou ilegalmente boa parte da área privada da Braskem no Pólo de Triunfo alegando que se tratava de ato da Via Campesina, seu braço mais virulento, destinado a antecipar as comemorações do Dia da Mulher e protestar contra o agronegócio no Rio Grande do Sul.
A Braskem deixou claro que o álcool de cana de açucar que usa – álcool e cana – são totalmente produzidos fora do Rio Grande do Sul. Esta é uma riqueza que o MST não quer ver o estado gaúcho produzir. O MST defende o cultivo de alimentos apenas em propriedades familiares, sem uso de transgênicos e agrotóxicos. Como se sabe, a produção familiar de alimentos brasileira não é capaz sequer de alimentar a população de uma cidade grande como Porto Alegre.
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