quarta-feira, 23 de março de 2011

No Brasil de Tarso Genro não cabem STF e imprensa

O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT-RS), não precisou fazer qualquer esforço para conseguir destaque em uma palestra feita a membros do Ministério Público. O "Garoto de Ouro", como também é conhecido, manifestou uma posição "peculiar".
O governador criticou o Supremo Tribunal Federal (STF) por manter preso o italiano Cesare Battisti, apesar da decisão do ex-presidente Lula de rejeitar o pedido de extradição do terrorista feito pela Itália.
"O Brasil tem um prisioneiro político e esse prisioneiro é do Supremo Tribunal Federal, que mantém preso um cidadão que recebeu refúgio do governo brasileiro".
Para o ex-ministro da Justiça de Lula, "o STF tomou duas decisões absolutamente e flagrantemente ilegais" no processo que trata da extradição de Battisti.

No final do palestra, Tarso atacou a mídia.
"Os colunistas entendem de tudo, de direito, de economia, de política, de Constituição, mas não podem ser contestados no mesmo espaço...”
“...Estou me referindo particularmente à imprensa do centro do país, que eu, felizmente, neste momento não estou obrigado a ler todos os dias".
No começo da década de 80 em pleno processo de redemocratização, com governadores sendo eleitos,Tarso Genro, ao sair do PCdoB, fundou o Partido Comunista Revolucionário ( PCR ) que tinha como objetivo político adotar a luta armada.
Imagine-se que Brasil extraordinário seria o Brasil de Tarso Genro.
Nessa nação formidável, um presidente da República tomaria decisões discricionárias. Haveria três Poderes: o Executivo, o Executivo e o Executivo.
Nesse país fantástico, a imprensa poderia fazer quase tudo, menos imprensar.
O Brasil real é mais complexo. Um país imperfeito, em que a imprensa – do centro e do Sul— é obrigada, infelizmente, a ouvir e registrar declarações.
Alguns personagens entendem de tudo: de direito, de economia, de política, de Constituição, de STF e até de jornalismo. Mas não convivem com opiniões diferentes sob o mesmo céu.


Comentário meu: O governo italiano recorreu contra a decisão de Lula, tomada no último dia de seu segundo governo. E o assunto voltou para o Supremo. Cesare Battisti está preso, no presídio da Papuda em Brasília, e permanecerá preso até que o Supremo decida o que fazer com ele.
O fato de o presidente Lula ter recusado ordenar sua extradição não funciona como uma ordem de soltura do terrorista Cesare Battisti. No Brasil, mesmo debaixo de governos petistas, somente quem determina prisão ou soltura de uma pessoa é a Justiça, e não o poderoso do momento.
Além disso, de qualquer maneira o terrorista Battisti precisará sair do Brasil. Seu status de refugiado político foi considerado ilegal pelo Supremo Tribunal Federal e anulado. Cesare Battisti estaria em condição clandestina e ilegal no Brasil, onde entrou com passaporte falso.


Filho de mãe judia, até hoje, ninguém viu ou ouviu Tarso reconhecendo-se como judeu.

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