Governo gaúcho propõe correção de 8,5% no salário dos professores estaduais, mas desagrada Cpers
Representantes do governo do Rio Grande do Sul, comandados pelo governador petista Tarso Genro, ofereceram uma proposta de reajuste de 8,5% no salário dos professores estaduais, mais o pagamento de um abono para equiparar os vencimentos aos níveis iniciais do piso nacional, em reunião com o Cpers no Centro Administrativo do governo. Decepcionado com a oferta, que representa um aumento de R$ 30,51 sobre o contracheque, o sindicato dos professores - Cpers - pediu a apresentação de uma nova proposta antes da assembléia geral da categoria, que está marcada para 8 de abril. "A política do abono é um ataque frontal ao nosso plano de carreira. Não aceitamos nada que não seja sobre o salário básico", reclamou a presidente do Cpers, Rejane de Oliveira. Participaram do encontro, que durou mais de duas horas, o chefe da Casa Civil, Carlos Pestana, e os secretários de Educação, José Clóvis de Azevedo, e da Administração, Stela Farias. Segundo Pestana, o governo vai avaliar as ponderações da categoria e chamará o sindicato para uma nova reunião nos próximos dias, em data ainda indefinida. "Vamos avaliar, mas cada modificação se traduz em impacto financeiro. Mas reforçamos nosso compromisso com o piso nacional. Mesmo assim, com 70 dias de governo, apresentamos um aumento de 8,5%, enquanto nos últimos quatro anos os professores só ganharam 6%", disse Pestana. O piso nacional é de R$ 593,98 para 20 horas trabalhadas.
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