terça-feira, 29 de março de 2011

Caetano Veloso também está autorizado a mamar na teta pública

O Ministério da Cultura voltou atrás e autorizou os produtores do músico baiano Caetano Veloso a usar os benefícios fiscais da Lei Rouanet para bancar os shows de divulgação de seu último CD, o "Zii e Zie". A decisão foi publicada no Diário Oficial da União de segunda-feira - 28 de março, assinada pelo secretário-executivo adjunto do ministério, Gustavo Carneiro Vidigal Cavalcanti. No dia 21 de maio passado, a Comissão Nacional de Incentivo à Cultura, que analisa os projetos aspirantes ao benefício da Lei Rouanet, decidiu que o "Tour Caetano Veloso", no valor de R$ 2 milhões, não precisava de incentivo por ser comercialmente viável. Paula Lavigne, ex-mulher de Caetano Veloso e sua empresário, exerceu forte pressão para que o ex-ministro da Cultura, Juca Ferreira, revisse a decisão e autorizasse o uso de dinheiro público, via renúncia fiscal das empresas patrocinadoras, para divulgar o show. Ferreira sinalizou que a decisão seria reformada, mas negou que Paula Lavigne o tivesse pressionado: "Ela não fez nenhum sauê, apenas ligou para mim e perguntou qual critério tinha sido utilizado para Caetano, que ela não percebia que tinha sido usado para outras pessoas". A Comissão Nacional de Incentivo à Cultura é um órgão colegiado que pertence ao Ministério da Cultura. O ministro pode, a seu critério, rever as decisões da comissão. O ministério informou, no entanto, que a decisão publicada no Diário Oficial não foi do ministro, mas uma revisão da própria CNIC, à luz do compromisso dos produtores de Caetano Veloso de baratear os ingressos. Com a decisão publicada agora, os produtores de Caetano foram autorizados a captar R$ 1,7 milhão. O valor representa R$ 300 mil a menos do que os R$ 2 milhões solicitados originalmente. Como condição, o ministério exigiu a redução dos ingressos, para R$ 40,00 e R$ 20,00 (inteiro e meia entrada).

PS: Como se vê, são todos amigos, do mesmo circuito, se ligam com grande facilidade, e se interpelam sem nenhum óbice.
A classe artística se tornou completamente cortesã, vivendo com dinheiro público facilitado pelos companheiros.

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