quinta-feira, 10 de março de 2011


Políbio Braga

# Cobrada por Veja e eleitores, Luciana Genro não consegue explicar o caso do Emancipa-RS.

Atiçada pela revista Veja e cobrada por eleitores, a ex-deputada do PSOL abriu novas informações sobre o seu cursinho pré-vestibular grátis. Agora já se sabe o seguinte, conforme nota em resposta à matéria publicada na Revista Veja.
1) O Emancipa-RS (é o nome do cursinho) ocupa duas salas do colégio público estadual Júlio de Castilhos e paga aluguel de R$ 600,00 mensais por elas.
2) Os professores receberão R$ 300,00 por mês para ministrar as aulas.
3) A Icatu Seguros, que preencheu uma das cinco quotas de R$ 100 mil cada uma, não possui o monopólio das atividades de seguro do Banrisul, mas opera lá há 10 anos.
4) Luciana Genro não pedirá mais dinheiro.
O Emancipa-RS usa o CNPJ da Associação 17 de Setembro, de São Paulo, empreendimento que se intitula “entidade de assistência social”. Ninguém sabe nada sobre ela. Luciana Genro fala muito pouco a respeito.
Sobre as explicações da ex-deputada, filha do governador do Estado:
1) Nunca se soube que um colégio público estadual, no caso o Colégio Júlio de Castilhos, dispõe e aluga salas para empreendimentos privados – e por custos tão baixos.
2) R$ 300,00 mensais de salários, caracterizam trabalho-escravo e estão abaixo do piso do magistério público e privado do Rio Grande do Sul.
3) A Icatu Seguros não precisa de defesa.
O governo estadual (secretaria da Educação e Banrisul) nada falam.


# Cursinho "Em nome do pai": RBS ignora, mas jornalistas da RBS abrem o jogo.
Jornais, rádios e TVs da RBS não investigam nada sobre o cursinho pré-vestiular grátis montado pela ex-deputada Luciana Genro com o patrocínio de poderosos grupos econômicos, mas os jornalistas da RBS sabem que se trata de denúncia séria. A ex-deputada tem ignorado as denúncias sobre o caso, tentando esvaziar a repercussão pública, tem até contado com a colaboração da mídia local, mas seu empreendimento é cada vez mais colocado em discussão.
Vale a pena ler o que disse nesta quarta-feira(09/03) o repórter investigativo Giovani Grizotti no seu Twitter, comentando a reportagem desta semana de Veja e a reação adjetivada da ex-deputada do PSOL:
- Luciana anunciou que vai processar a revista. Mas o texto pegou muito mal pra ela.

# Luciana Genro senta no banco dos réus por injúria, calúnia e difamação
A ex-deputada Luciana Genro sentará no banco dos réus nesta quinta-feira (10/03), 14h30min, na sala de audiências da 2ª vara Cível do Foro Central de Porto Alegre, mas terá ao seu lado para defendê-la, como testemunhas por ela invocados, o lobista Lair Ferst, o ex-vice governador e seu velho aliado, Paulo Feijó, mais André de Medeiros Zelmanowicz. E é tudo por conta do processo que lhe move por calúnia, injúria e difamação o empresário Humberto Busnello, um dos donos da Toniollo, Busnello, ex-presidente do Sicepot e um dos atuais vice-presidentes da Fiergs.
O juiz do caso repeliu a tentativa da ré no dia 30 de março do ano passado, quando ela invocou sua imunidade parlamentar para escapar do julgamento. Na mesma ocasião, a então deputada Luciana Genro pediu cópia da delação premiada de Lair Ferst ao Ministério Público Federal e cópia integral do inquérito da Operação Solidária, alegando que em ambos haveria material incriminando Humberto Busnello, mas em julho, de posse de ofícios dos dois órgãos, o juiz considerou que não havia razão para o pedido. É que a Polícia Federal e o MPF avisaram oficialmente ao juiz que a denúncia da deputada do PSOL não tinha uma só vírgula de verdade. A decisão foi agravada e repelida em primeiro e segundo graus.
Na audiência desta quinta-feira(10/03), o que se espera é que o lobista Lair Ferst apresente a íntegra da sua delação premiada e que o ex-vice Paulo Feijó finalmente mostre os filmes "nítidos como película de cinema".

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