Amigo de Kadafi, Lula, ignorou drama do repórter Andrei Netto.
Após receber a maior honraria da Líbia e chamar Kadafi de “meu amigo, meu mestre, meu líder”, o ex-presidente Lula poderia ter ajudado a libertar Andrei Netto, repórter brasileiro preso pela polícia do tirano. Mas mantém silêncio sobre a Líbia desde o início do levante. Ele e Marco Aurélio Garcia, outro “amigo de Kadafi”, têm arranjado viagens ao exterior e continuam distantes de perguntas sobre o ditador.
Andrei Netto, que é correspondente do “Estadão” em Paris, somente foi libertado na quinta-feira (10/03), após sofrer maus-tratos na prisão de Kadafi.
O repórter de O Estado de S. Paulo permaneceu oito dias preso na Líbia, país do norte da África, na cidade de Sabrata, a 60 km da capital Trípoli, após ter sido capturado por soldados leais ao líder Muamar Kadafi.
Netto foi preso em 2 de março quando tentava regularizar seus documentos, pois havia entrado na Líbia em 19 de fevereiro sem um visto de trabalho. No momento da regularização, quatro homens chegaram, deram-lhe uma coronhada, o reporter foi encapuzado e levado para o que se acredita ser uma base militar, onde ficou preso em uma cela incomunicável durante todos os oitos dias, período no qual foi alimentado e pediu repetidamente acesso ao embaixador brasileiro, o que lhe foi negado.
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