Peluso diz que condenação traz “sentimento amargo”
|
Cezar Peluso |
Sem confirmação se volta ao plenário nesta quinta-feira(30), na sessão
extraordinária, o ministro Cezar Peluso já fez sua despedida formal do
Supremo Tribunal Federal na sessão de quarta-feira(29). O ministro se
aposenta compulsoriamente na próxima segunda-feira (3 de setembro),
quando completa 70 anos. Ele fez considerações sobre sua saída da Corte,
que integrou por nove anos, assim que terminou o voto na Ação Penal
470, o processo do Mensalão do PT. Depois de condenar a maioria dos réus
acusados de desviar dinheiro público, Peluso disse que “nada mais
constrange um magistrado que ter que condenar um réu em matéria penal” e
que era com “sentimento amargo” que precisou atuar daquela forma. “O
magistrado condena como exigência de Justiça e, em segundo lugar, porque
reverencia a lei, que é a salvaguarda da própria sociedade em que todos
vivemos. É com amor e em respeito aos próprios réus, que a condenação é
um chamado para que se reconciliem com a sociedade”, disse Peluso, com
voz embargada. O ministro foi reverenciado pelo presidente do Supremo,
Carlos Ayres Britto, que destacou a correção e autenticidade do ministro
em agir de acordo com sua consciência. “Vossa Excelência é a encarnação
do seu próprio discurso. Faz o que prega”, disse Ayres Britto,
emocionado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário