quinta-feira, 30 de agosto de 2012


Ex-diretor do Dnit diz na CPI do Cachoeira que usou o cargo para pedir dinheiro das empreiteiras para a campanha de Dilma Roussef

Luiz  Antonio  Pagot
O ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) Luiz Antonio Pagot confirmou, em depoimento à CPI do Cachoeira, que trabalhou para arrecadar doação de campanha para a então candidata à Presidência da República Dilma Rousseff. Pagot contou que foi procurado pelo tesoureiro da campanha, o deputado federal José de Filippi (PT-SP), que teria lhe pedido ajuda. Pagot disse que mostrou ao deputado uma lista de 369 empresas que tinham contrato no Dnit e que o tesoureiro afirmou que ele não precisava se preocupar com as empresas maiores porque isso estava sendo tratado pelo comitê central de campanha — mas que, se quisesse, poderia pedir doação para 30 ou 40 empresas da lista.
O ex-diretor do Dnit afirmou que, ao encontrar alguns empresários, pediu a doação.
Pagot afirmou que, posteriormente à solicitação de doação, recebeu alguns boletos que mostravam a doação feita legalmente na conta da campanha e que verificou depois que algumas empresa realmente tinham contribuído.
Sobre a suspeita de que teria havido desvio de recursos de parte da obra do Rodoanel, em São Paulo, para a campanha eleitoral do PSDB e aliados, Pagot afirmou que o relato lhe foi feito por um amigo. O ex-diretor do Dnit disse que havia uma obra em convênio com o Dersa, em São Paulo, no qual R$ 2,4 bilhões seriam de investimento de São Paulo e R$ 1,2 bilhão do governo federal. Na ocasião, afirmou Pagot, houve uma tentativa de se fazer um termo de ajustamento de conduta, reivindicado pelo Dersa, de mais R$ 260 milhões. Disse Pagot sobre o caso: " Isso é uma conversa de bêbado, de botequim. É uma conversa que não se pode provar".

Nenhum comentário:

Postar um comentário