terça-feira, 28 de agosto de 2012


Lula diz ao ‘The New York Times’ não acreditar que houve mensalão

ex-presidente  Lula
Em entrevista ao jornal "The New York Times", publicada na edição de sábado do periódico americano, o ex-presidente Lula diz não acreditar na existência do mensalão. Ele afirma que o PT não tinha necessidade de comprar votos porque o partido já havia assegurado a maioria no Congresso através de alianças políticas, mas garantiu que vai respeitar a decisão do Supremo que entrou na terceira semana do julgamento do caso.
- Se alguém for culpado, deve ser punido. E se alguém for considerado inocente, deve ser absolvido - disse o ex-presidente.
A entrevista faz ainda uma análise sobre a atual situação do ex-presidente, recém-curado de um câncer na laringe, que está de volta com força total às campanhas do PT pelas prefeituras Brasil afora. Perguntado se não pretendia descansar um pouco e partir para um outra atividade mais branda, como ouvir música e ler um livro, Lula foi enfático ao responder:
- Olha aqui, ouça o que eu tenho a dizer. A política é a minha paixão.
Entre outras coisas, a reportagem também quis saber a opinião do ex-presidente a respeito da crise na Europa, ao contrário da atual situação econômica brasileira, que sem mantém com índices positivos. Lula respondeu que sabe que os europeus não gostam que os países emergentes como o Brasil dêem opiniões sobre o que se passa lá, mas que quando a crise era aqui no Brasil todos tinham algo a dizer.
- Vamos ser francos - disse o ex-presidente -, se a Alemanha tivesse resolvido o problema da Grécia há alguns anos, a situação não estaria como está. Eu já vi pessoas morrem de gangrena porque não cuidaram de uma unha problemática.
A respeito se deverá ser ou não novamente candidato à presidência, Lula disse que é difícil para qualquer político excluir totalmente a opção de ser candidato, deixando claro que seu gosto pelo jogo político permanece inalterado. Questionado, rejeitou a especulação de que a atual presidente Dilma poderia se afastar para permitir que ele concorra às eleições em 2014.
- Dilma é minha candidata e se Deus quiser, ela será reeleita, encerrou.

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