Colômbia
Juan Manuel Santos confirma negociações com as Farc
Presidente da Colômbia garantiu que as operações militares serão mantidas
Juan Manuel Santos |
O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, confirmou o início de das negociações de paz com os terroristas das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Santos anunciou a decisão em um discurso na Casa de Nariño, sede do governo colombiano, transmitido pelas redes de televisão colombiana.
O primeiro encontro está marcado para outubro em Oslo. Depois, deve haver uma segunda rodade de encontros em Havana. É a primeira vez que o governo colombiano abre negociações formais com as Farc desde o fim do governo Pastrana, de 1998 a 2002.
Santos fez questão de garantir que as operações militares em curso serão mantidas em todas regiões do país. “Desde o primeiro dia do meu governo eu cumpri com a obrigação constitucional de buscar a paz”, destacou o mandatário.
Bogotá elaborou um plano que contem três pontos principais: “Primeiro, vamos aprender com os erros do passado para não os repetirmos. Segundo, qualquer processo tem de levar ao fim do conflito e não sua prorrogação. Terceiro, as operações e a presença militar serão mantidas sobre cada centímetro do território nacional”, explicou o presidente.
Na semana passada, o ex-presidente Álvaro Uribe criticou a aproximação entre Santos e a guerrilha. Durante seus oito anos no poder, Uribe (2002-2010) empreendeu uma dura política de combate às Farc, impondo uma série de derrotas ao grupo terrorista – entre elas, a morte do número dois da organização Raúl Reyes, em 2008. A guerrilha também enfraqueceu-se com morte natural de seu criador, Manuel Marulanda Velez, no mesmo an
A rede de TV Telesur, controlada por Hugo Chávez, publicou em seu site que o processo que levou ao acordo começou em maio, quando as duas partes teriam iniciado "conversas secretas" em Havana, com apoio dos governos de Cuba, Venezuela e Noruega.
Muitos dos líderes das Farc são requisitados pelos Estados Unidos para serem julgados por tráfico de drogas e terrorismo.
Santos também destacou, durante seu discurso que foi televisionado, que integrantes do Exército de Libertação Nacional (ELN) também manifestaram seu interesse em negociar com o governo.
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