sábado, 9 de abril de 2011

Preso pela polícia federal em Brasília assessor do governo Tarso Genro
Um homem de confiança do governador Tarso Genro, Francisco Narbal Alves Rodrigues ...
  • Ex-coordenador nacional do Pronasci durante a gestão do ex-ministro da Justiça.
  • Atual segundo homem mais importante do Escrítório de Representação do Rio Grande do Sul em Brasília. Nomeado pelo governador Tarso Genro para ser o braço direito de Ronaldo Teixeira na representação gaúcha em Brasília.
  • Conhecido militante do PT no estado gaúcho e ex-dirigente do Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul - Sindicato dos Trabalhadores em Educação ( CPERS / SINDICATO ).
  • Trabalhou com o governador no ministério da Educação.
... foi um dos presos pela operação "Déjà Vu II", da Polícia Federal, que investigou desvios em contratos do Pronasci, do Ministério da Justiça [programa comandado por Tarso Genro quando Ministro da Justiça]. Deflagrada na última terça-feira - 5 de abril, em ação conjunta com a Controladoria-Geral da União e a Receita Federal, a operação cumpriu 16 ordens judiciais para prisões no Paraná, Santa Catarina, Acre, Mato Grosso e Distrito Federal. Segundo a investigação, o desvio se dava por simulações de serviços em contratos entre Oscips e prefeituras, superfaturamentos e notas frias.


Ex-coordenador do Pronasci recebeu dinheiro de ONG

A Polícia Federal do Paraná tem cópia de transferências bancárias que comprovariam que Francisco Narbal Alves Rodrigues, ex-coordenador nacional do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), recebeu dinheiro da Adesobras – Oscip (ONG com título de interesse público) suspeita de desviar dinheiro público. Cópias de e-mails, também de posse da PF, revelam que Rodrigues teria tentado prorrogar um contrato da Oscip que já estava vencido e corrigido relatórios da Adesobras que foram encaminhados ao Ministério da Justiça. Rodrigues foi um dos presos pela Operação Dejavu II, da Polícia Federal.
Os repasses da ONG ao ex-coordenador do Pronasci, garante uma fonte da PF, não são altos. Algo em torno de R$ 5 mil e R$ 6 mil. Somadas as transferências está o fato de que o filho de Rodrigues seria funcionário da Adesobras e recebia como salário dinheiro vindo do Ministério da Justiça para implementação do Pronasci no Paraná.
O programa federal que era coordenado por Rodrigues foi criado justamente para combater a criminalidade no Brasil. A proximidade com a Adesobras pode ter surgido, ou ter se intensificado, depois que Rodrigues foi nomeado secretário-executivo de uma comissão responsável por acompanhar a execução das ações do Pronasci. A nomeação partiu do ex-ministro da Justiça Tarso Genro, atual governador do Rio Grande do Sul.
A assessoria de Tarso Genro informou que Rodrigues é um antigo militante do PT no Rio Grande do Sul e que as denúncias contra ele chegaram ao Ministério da Justiça em 2009. Na época, o então ministro encaminhou as denúncias à PF e requisitou abertura de inquérito para apurar as supostas irregularidades. Ainda de acordo com a assessoria, como naquele momento não havia nada de concreto contra Francisco Rodrigues, o ex-ministro resolveu mantê-lo no cargo.
O esquema desarticulado pela PF consistia na contratação de Oscips para prestar serviços públicos, principalmente nas áreas de educação, saúde e segurança. No entanto, conforme a PF, o dinheiro era repassado por prefeituras e pelo Mi­­nistério da Justiça, mas os serviços não eram prestados. O dinheiro, ainda segundo a PF, era usado para pagar despesas e salários dos dirigentes das Oscips.
Para justificar os repasses, parentes e pessoas próximas aos dirigentes das Oscips abriram falsas empresas de consultoria que passaram a emitir notas falsas “comprovando” a realização dos serviços. Os agentes federais estiveram em Colombo, na região metropolitana de Curi­­­tiba, na sede de uma dessas empresas de consultoria. Lá se depararam com uma empregada doméstica que morava numa casa de madeira e nada sabia sobre a tal empresa.
Notificado da prisão de Francisco Narbal Alves Rodrigues, o governador Tarso Genro anulou a sua nomeação na representação gaúcha em Brasília.


PS: A Polícia Federal ainda não informou o que foi apreendido durante a operação, mas confirmou que veículos e pelo menos nove imóveis em nome dos dirigentes das Oscips foram bloqueados por ordem judicial.

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