Petista Vicentinho diz que aceitou ajuda sem saber que agência era de Valério
O deputado federal Vicentinho (PT-SP) foi à tribuna para se defender sobre denúncias que envolvem seu nome no Mensalão do PT. Relatório final da Polícia Federal enviado pelo Supremo Tribunal Federal e divulgado pela revista "Época" confirma o pagamento de propina a deputados e desvio de dinheiro público para custear campanhas eleitorais. Vicentinho é um dos citados. Em seu discurso, ele admitiu que, em 2003, procurou o PT para pedir apoio à sua candidatura à prefeitura de São Bernardo do Campo e, em 2004, Delúbio Soares, então tesoureiro da legenda, o enviou uma agência de publicidade para ajudar com sua campanha. O deputado afirma, porém, que aceitou a ajuda mas sem saber que a agência pertencia a Marcos Valério, citado como um dos operadores do esquema. "Jamais imaginei que tudo isso poderia acontecer. Pois, se soubesse, nunca teria aceitado", diz Vicentinho. Entre outras coisas, o documento de 332 páginas, revela ainda que Freud Godoy, amigo e ex-segurança do ex-presidente Lula, admitiu ter recebido dinheiro do valerioduto, esquema operado por Marcos Valério, sob comando da direção nacional petista, de José Genoíno, Silvinho "Land Rover" Pereira, e Delúbio Soares. Entre os novos personagens citados no relatório da Polícia Federal consta também Fernando Pimentel, atual ministro do Desenvolvimento, e Romero Jucá, líder do governo no Senado. Fernando Pimentel, em 1978, tentou sequestrar o cônsul norte-americano em Porto Alegre.
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