segunda-feira, 11 de abril de 2011

Oposição enxerga acertos em Dilma

Três meses de Dilma Rousseff foi tempo bastante para que Fernando Henrique Cardoso alterasse o conceito que fazia dela.
Presidente de honra do PSDB e principal ideólogo da oposição, FHC colocara em Dilma, durante a campanha de 2010, o defeito de “boneca de ventríloquo”.
Insinuara que, eleita, quem daria as cartas seria Lula, não ela. Hoje, em diálogos privados, FHC reconhece que Dilma o “surpreendeu”. Positivamente.
A avaliação de FHC se espraia por toda a oposição. Alastra-se pelo PSDB e também pelo DEM, seu parceiro de oposição.
Tornou-se consensual entre os adversários do governo a percepção de que, a menos que ocorram tropeços, não será fácil se opor a Dilma.
Avalia-se que a presidenta revelou-se dona de personalidade própria. Distancia-se de Lula nos pontos que alimentavam as fornalhas da oposição.
Substituiu a histrionia pela parcimônia verbal. Trocou a ideologia pelo pragmatismo. Distanciou-se do Irã. Reachegou-se aos EUA. Anunciou cortes orçamentários.
Como se fosse pouco, revelou-se capaz de gestos como o convite a FHC para o almoço oferecido ao visitante Barack Obama.
Um gesto que, tonificado pela ausência de Lula, forçou FHC a derramar-se elogios sobre os microfones.

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