‘Micro-ministério’
Enviado pelo Planalto para a Câmara o projeto que cria a Secretaria da Micro e Pequena Empresa, com status de ministério.
Verifica-se que dará emprego a 70 pessoas – o ministro, o secretário-executivo e 68 ‘DAS’.
DAS é como são chamados os postos de “direção e assessoramento superior”. No português do meio-fio: gente que entra sem concurso.
O custo da nova pasta será de R$ 7,9 milhões por ano. Repetindo: você vai pagar quase oito milhões anuais.
Como o tempo já mastigou um trimestre de 2011, estima-se que o preço será menor no ano que corre: algo como R$ 6,5 milhões.
Junto com o projeto, Dilma Rousseff enviou aos congressistas uma “exposição de motivos”.
Assinam a peça três ministros: Antonio Palocci (Casa Civil), Miriam Belchior (Planejamento) e Fernando Pimentel (Desenvolvimento).
Anotam que, hoje, os temas que interessam a micro e pequenos empresários são tratados por órgãos dispersos, sem coordenação e mal estruturados.
Um observador desatento perguntaria: quer dizer que o setor foi negligenciado nos oito anos de Lula? Por que Dilma, então gerente do universo, permitiu?
É como se Dilma, agora presidente, insinuasse que, sob Lula, a incompetência devotada ao micro e pequeno empreendedor foi exercida com esmerada competência.
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