terça-feira, 12 de abril de 2011

Explosão no metrô em Minsk deixa 11 mortos
Uma explosão na hora do rush em uma estação de metrô no centro de Minsk, capital da Bielorrússia, deixou pelo menos 11 mortos e cerca de 126 feridos, 22 deles em estado grave, disse o ministro da Saúde do país, Vasily Zharko.

O presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, disse que o incidente pode ter sido planejado fora do país e uma tentativa de desestabilizar a ex-república soviética. A explosão aconteceu às 17h55m do horário local (11h55m no horário de Brasília) na estação de metrô Oktyabrskaya, em uma praça de mesmo nome que fica a 100 metros da residência do presidente e do Palácio da República, usado ocasionalmente para cerimônias do governo.
- Eu não descarto que este tenha sido um presente do exterior - afirmou Lukashenko, em um discurso televisionado. - Nós precisamos descobrir quem ganhou prejudicando a paz e a estabilidade do país, quais são as mãos por trás disso.
As circunstâncias da explosão ainda são desconhecidas. A única autoridade a classificar o ocorrido como um ato terrorista foi o vice-procurador-geral bielorrusso, Andrei Shverd, que não deu mais detalhes. Para o presidente, o caso pode estar ligado à detonação de uma bomba em 2008 num show ao qual Lukashenko havia comparecido, em Minsk. A explosão deixou 50 feridos. Ninguém foi preso na ocasião.
- Esses são possivelmente elos de uma mesma corrente - disse.
O presidente da ex-república soviética, que esta no poder desde julho de 1994, costuma alegar que forças externas tentam desestabilizar seu regime. O presidente da Rússia, Dmitry Medvedev, classificou a explosão no metrô como um "ataque terrorista" e ofereceu ajuda na investigação durante telefonema para Lukashenko.
Duas horas depois da tragédia, Lukashenko visitou o local da explosão. Ele deixou a estação de metrô sem fazer comentários. Mais tarde, foi citado pela agência russa informando o número de vítimas.
As tensões políticas na Bielorrússia estão aumentando desde dezembro, quando grandes protestos contra a eleição presidencial ocorrida naquele mês desencadearam uma dura repressão. Mais de 700 pessoas foram presas, incluindo sete candidatos à Presidência. Lukashenko foi declarado vencedor do pleito.
Ataques não são comuns no país e a oposição tem comportamento pacífico, tendo enfrentado a polícia poucas vezes.

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