Uma explosão na hora do rush em uma estação de metrô no centro de Minsk, capital da Bielorrússia, deixou pelo menos 11 mortos e cerca de 126 feridos, 22 deles em estado grave, disse o ministro da Saúde do país, Vasily Zharko.
O presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, disse que o incidente pode ter sido planejado fora do país e uma tentativa de desestabilizar a ex-república soviética. A explosão aconteceu às 17h55m do horário local (11h55m no horário de Brasília) na estação de metrô Oktyabrskaya, em uma praça de mesmo nome que fica a 100 metros da residência do presidente e do Palácio da República, usado ocasionalmente para cerimônias do governo.- Eu não descarto que este tenha sido um presente do exterior - afirmou Lukashenko, em um discurso televisionado. - Nós precisamos descobrir quem ganhou prejudicando a paz e a estabilidade do país, quais são as mãos por trás disso.
As circunstâncias da explosão ainda são desconhecidas. A única autoridade a classificar o ocorrido como um ato terrorista foi o vice-procurador-geral bielorrusso, Andrei Shverd, que não deu mais detalhes. Para o presidente, o caso pode estar ligado à detonação de uma bomba em 2008 num show ao qual Lukashenko havia comparecido, em Minsk. A explosão deixou 50 feridos. Ninguém foi preso na ocasião.
- Esses são possivelmente elos de uma mesma corrente - disse.
O presidente da ex-república soviética, que esta no poder desde julho de 1994, costuma alegar que forças externas tentam desestabilizar seu regime. O presidente da Rússia, Dmitry Medvedev, classificou a explosão no metrô como um "ataque terrorista" e ofereceu ajuda na investigação durante telefonema para Lukashenko.
Duas horas depois da tragédia, Lukashenko visitou o local da explosão. Ele deixou a estação de metrô sem fazer comentários. Mais tarde, foi citado pela agência russa informando o número de vítimas.
As tensões políticas na Bielorrússia estão aumentando desde dezembro, quando grandes protestos contra a eleição presidencial ocorrida naquele mês desencadearam uma dura repressão. Mais de 700 pessoas foram presas, incluindo sete candidatos à Presidência. Lukashenko foi declarado vencedor do pleito.
Ataques não são comuns no país e a oposição tem comportamento pacífico, tendo enfrentado a polícia poucas vezes.
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