sexta-feira, 1 de abril de 2011

Com radiação, cerca de mil corpos permanecem em Fukushima.

Em meio à luta do Japão para conter vazamentos radioativos do complexo nuclear de Fukushima Daiichi, policiais em grandes trajes brancos puxam corpos de vítimas do terremoto e tsunami de uma zona esvaziada. O trabalho é interrompido diversas vezes por alarmes de radiação. Diante dos temores de uma contaminação, o trabalho de recuperação dos corpos de casas, carros e ruas segue em ritmo lento e a polícia estima que cerca de mil corpos ainda estão na área de 20 quilômetros ao redor da usina nuclear, epicentro de uma crise. Estes corpos, segundo fontes consultadas pela agência Kyodo, foram expostos à radiação após à morte e as autoridades estudam agora como evitar que eles virem foco de contaminação aos policiais, aos legistas e aos familiares. Mesmo depois dos corpos serem entregues aos familiares, o processo de cremação pode espalhar material radioativo. Já o enterro pode contaminar o solo. O Ministério de Saúde recomenda que os corpos sejam limpos e, mesmo aqueles com pouquíssima radiação, sejam entregues apenas a pessoas com roupa, luvas e máscaras de proteção. As autoridades avaliavam inspecionar todos os corpos depois de transportados para fora da zona de risco. Mas o plano foi reavaliado por temores de muita exposição à radiação. A opção seria descontaminar e inspecionar os corpos onde são encontrados, processo que poderia danificá-los e impedir a identificação visual.

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