"BRICs" já deixaram de ser emergentes
Os quatro países conhecidos como Bric - Brasil, Rússia, Índia e China - já deixaram para trás o status de economias emergentes e precisam ser vistos como uma categoria à parte, escreveu o criador do termo, Jim O'Neill, no jornal britânico "The Times". O'Neill, presidente da gestora de ativos da Goldman Sachs no Reino Unido, sustenta no artigo que dois Brics, China e Brasil, já estão entre as sete maiores economias do planeta, com os outros dois muito próximos na lista. "É cada vez mais claro para mim que se referir às quatro nações dos Bric como "emergentes não faz mais sentido", escreve o economista: "Os Bric, junto com alguns outros países, merecem um status diferente de muitos outros que podem ser corretamente classificados como mercados emergentes". Recentemente a Goldman Sachs reclassificou os quatro países, que passaram a ser chamados de "mercados de crescimento" nos relatórios da consultoria. Nesta categoria estariam também Coréia do Sul, Indonésia, México e Turquia, entretanto, "muito longe" dos Bric em termos de importância econômica, escreve Jim O'Neill no Times. A projeção é de que o tamanho dos Bric supere o do G7 -- o grupo de países mais industrializados do mundo - por volta de 2027, cerca de dez anos antes do previsto, diz O'Neill. No artigo, ele ressalta o caso do Brasil, que se tornou a sétima economia do planeta "cerca de dez anos antes do que eu pensava". Até o fim desta década, os Bric devem alcançar um PIB combinado de US$ 25 trilhões, comparado com cerca de US$ 11 trilhões atualmente e cerca de US$ 3 trilhões no início do século, afirmou O'Neill.
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