Vaticano prende padre espanhol, que
faz parte da Opus Dei, por vazar documentos secretos — leiga italiana
também foi detida na operação — em 2012, divulgação de documentos
secretos balançou a Igreja Católica
O padre espanhol Lucio Angel Vallejo Balda |
O padre espanhol Lucio Angel Vallejo Balda e uma consultora leiga foram
presos sob acusação de vazar documentos sigilosos da Santa Sé, informou a
cúpula da Igreja Católica na segunda-feira, 02.nov.2015. Balda foi
secretário da já extinta comissão investigadora de organismos econômicos
e administrativos da Santa Sé. A leiga italiana Francesa Chaouqui, que
também integrou a comissão, foi posta em liberdade após aceitar cooperar
com os investigadores.
De acordo com a Santa Sé, os dois foram presos após interrogatório entre
sábado, 31.nov.2015, e domingo, 1º.nov.2015. O objetivo da investigação
é apurar o vazamento de arquivos secretos. A divulgação de notícias ou
documentos é um delito previsto pela legislação do Vaticano.
Vallejo Balda, de 54 anos e membro da orgaização conservadora Opus Dei,
permaneceu preso por ordem do promotor de Justiça. A Opus Dei manifestou
"tristeza e dor" com a prisão do religioso. Também esclareceram que não
"dispõe de nenhuma informação sobre o caso".
Segundo denúncias feitas pela imprensa italiana, foram roubados dados
importantes do computador do italiano Libero Milone, auditor externo, a
quem o Vaticano pediu para controlar as finanças durante as reformas
promovidas pelo papa Francisco. Dois livros, com revelações escandalosas
sobre escândalos da Santa Sé, serão publicados nesta semana.
A divulgação, em 2012, de documentos secretos provocou um escândalo
batizado de 'Vatileaks', que marcou o fim do pontificado de Bento 16,
que renunciou ao cargo no começo do ano seguinte.
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